26 de jan. de 2009

A cama desarrumada revela o segredo do seu corpo, do seu conto, mais um ponto.
Do seu corpo que o profundo toco, desbravo e me esbarro em fins, términos. E fica o formato no meu lençol, fica o fio de cabelo no travesseiro. Do seu cinzeiro ainda sai fumaça. Mas na minha cama, a bagunça de uma noite passada. 
Pelo chão, garrafas, fragmentos de fatos em flashes na memória. Lembro de como te chamei (ou foi aquela cachaça que te interessou?), de como te mostrei. Você viu, riu, sentiu e deixou o formato da palma em minhas costas, das coxas sobre as coxas, do perfume no meu umbigo, o rastro, a marca. Mas já não os vejo.
Vejo a fumaça, a garrafa, a cama, o cabelo. o nosso segredo.
:
A cama solitária, desarrumada.

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

o retrato de quem ama é a cama, o lençol e o cobertor

já dizia meu grande mestre!

Dario Caregaro disse...

Te amo, pertinha. Ótimas palavras =]

Marcelo Mayer disse...

cadê mais textos?!

Gi disse...

Tb quero mais!!!

volta a postar!!!!!!!!!

Beijo, meu bemmmm

Leo Curcino disse...

bonito isso! muito bonito! oi!